Cultura

JEFFINHO aponta 10 caminhos gordos para a felicidade, por OTTO FREITAS

Receita de Jeffinho, um gorpo super feliz

Otto Freitas , Salvador | 29/11/2015 às 11:51
Fettucini ao molho de ervas é um desses caminhos
Foto: DIV
   Nesse mundo maluco de hoje, não faltam livros de auto-ajuda, programas de TV e pastor evangélico prometendo ensinar aos incautos os caminhos para a felicidade. Dia desses, uma artista plástica japonesa (magra, como quase todo japonês) confessou, sem pestanejar: nada a deixa mais feliz do que comer snaks, apelido chique para todo aperitivo crocante e salgado que acompanha drinks diversos.

  Além de apreciar os sabores e o sal, a artista acha que a sensação e o som da mastigação, com aquele famoso croc-croc, ajudam a atenuar o estresse, as neuroses e afins. Deve ser como pipoca e amendoim cozido: a gente come, come, come sem parar, compulsivamente, até o fim, mas nem percebe que chegou ao fim.

   Sem querer indicar o caminho das pedras (cada qual que escolha o seu!), Jeffinho resolveu compartilhar alguns dos seus atalhos preferidos para a felicidade. Não custa nada abrir o coração, a alma, o paladar e o estômago para experimentar, sem preconceito. 

   Veja a seguir, os dez passos escolhidos, não necessariamente na ordem abaixo:

   1. Farta e demorada refeição à base de frutos do mar: pode começar com umas belas ostras cruas, seguidas de uma tábua de polvo grelhado na chapa. De primeiro prato, uma salada de camarão GG e por fim uma bela moqueca de ostras de mergulho ou de peixe sem espinha e sem inhaca, como cavalinha e caçonete. Tudo acompanhado por um bom vinho branco gelado. 

   2. A primeira mordida (e as subsequentes também) do acarajé recém saido do fogo, corado e crocante por fora, macio por dentro, com pimenta e uns dois ou três camarões. Uma Coca-Cola geladíssima completa a felicidade (é melhor do que cerveja). 

   3. O velho e bom bacalhau, em postas altas ou grossas lascas, é uma refeição para os escolhidos, seja qual for a receita (dizem que há 100 delas): salada; moqueca com chuchu; grelhado com legumes; a portuguesa; ou a Gomes de Sá, entre outras. Mas antes disso é indispensável comer alguns bolinhos de bacalhau. Tudo com muito azeite de oliva. 

   4. Há raros momentos de prazer nos embutidos, preferencialmente o salame tipo italiano, linguiças artesanais e a velha, boa e barata mortadela; presuntos parma e jamon pata negra; e os patês de fígado. O francês foie gras é o preferido, mesmo caríssimo. Mas como o pato e o ganso sofrem muito para engordar o fígado na raça, é politicamente correto escolher o de frango.

   5. Um prato de feijão de feijoada, com um pouco de arroz e um pedacinho de toucinho verdadeiro devidamente amassado, tudo misturado com farinha da boa, quente, cheirosa e torrada. Ao lado, com lascas de carne de sertão, uma belíssima malassada, salada de agrião, tomate e cebola, com muito azeite de oliva. Por cima de tudo, molho fresco de pimenta. De abrideira, uma boa pinga; para lavar a boca, uma Coca gelada com gelo, para aliviar o gás. De sobremesa, banana prata, que pode ser consumida junto com o feijão.

   6. Uma tarde em boa churrascaria. É só carne, sempre o primeiro corte do espeto mal passado, e alguma salada (nada de entupitivos). Junte-se um vinho tinto encorpado, dois ou três amigos, boa conversa e muita risada. Por fim, mergulhos profundos no licor de laranja e no sorvete de chocolate, daqueles bem cremosos e cheios de pedacinhos do próprio.
 
   7. Um suculento pernil de porco assado, com aquela carne tenra e macia protegida por uma fina camada de gordura que lhe dá sabor único. Um sanduiche desse pernil no pão francês de sal, bem crocante, com azeite doce e pimenta, é uma felicidade sem tamanho. Acompanhado por um copo bem servido de caldo de cana gelado é mais do que perfeito. 

   8. Ver um bom filme com um copão de pipoca amanteigada e um pote de jujuba colorida, que é lúdica e relaxante. Outros petiscos, doces e salgados, podem ser entremeados, incluindo muitos tabletes de chocolate. Ao longo da peleja, goles de um refrescante de cajá ou de caju tirado na hora do pé e não de caixinhas ou daquelas almofadinhas de polpas de frutas de araque que só tem água. 

   9. Goiabada com queijo na sobremesa ou a qualquer hora. Goiabada da boa, consistente e natural, com lasquinhas de goiaba (passe longe daquelas industrializadas), e qualquer queijo de qualidade, tipo prato, edam, ementhal, reino. Mas um bom queijo de Minas com sal resolve perfeitamente. Aliás, queijo, sozinho, já deixa a gente feliz demais da conta, como dizem os mineiros.

   10. Um belíssimo prato de massa (fettuccine ou talharim, de preferência, mas pode ser qualquer uma), depois de umas polpetas e bruschetas de entrada, é praticamente a perfeição mais completa, sobretudo porque deve ser acompanhado fartamente de queijo parmesão, pão francês crocante e azeite de oliva, três importantíssimos e indispensáveis ingredientes da felicidade. Para acompanhar, um tinto encorpado. Como digestivo, doses generosas de limoncello caseiro, bem gelado.



prato, edam, ementhal, reino. Mas um bom queijo de Minas com sal resolve perfeitamente. Aliás, queijo, sozinho, já deixa a gente feliz demais da conta, como dizem os mineiros.

10. Um belíssimo prato de massa (fettuccine ou talharim, de preferência, mas pode ser qualquer uma), depois de umas polpetas e bruschetas de entrada, é praticamente a perfeição mais completa, sobretudo porque deve ser acompanhado fartamente de queijo parmesão, pão francês crocante e azeite de oliva, três importantíssimos e indispensáveis ingredientes da felicidade. Para acompanhar, um tinto encorpado. Como digestivo, doses generosas de limoncello caseiro, bem gelado.