Cultura

MORRE o maestro Sérgio Souto de Vozes Reveladas aos 63 anos de idade

O velório do artista será realizado no Teatro do Movimento, da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (Ufba) até as 15h30min. O enterro acontece às 16h30min, no Cemitério Campo Santo.
Da Redação , Salvador | 01/09/2014 às 13:41
Maestro e professor Sérgio Souto
Foto: Ag Brasil
   Perda enorme para a cultura baiana. Faleceu nesta segunda-feira, 1º, o músico, maestro e professor Sérgio Souto, aos 63 anos de idade, após uma cirurgia para tratar de uma Trombose do Mesentério (formação de coágulo na parede intestinal).

  Natural do Rio de Janeiro, aos 21 anos Sérgio Souto trocou o curso de Arquitetura por Composição e Regência e a sua cidade de origem por Salvador.
Na década de 70, participou da criação de dois grupos pioneiros da música instrumental na Bahia: a Banda do Companheiro Mágico e o Sexteto do Beco. Em 1978, após graduar-se pela UFBA, viajou para os Estados Unidos, onde estudou arranjo na Berklle College of Music em Boston-Mass e composição no Creative Music Studio em Woodstock-New York.

De volta a Salvador, fundou Academia Música Atual (AMA), onde foi professor, coordenador e diretor. Nos últimos anos, contribuiu com a reforma curricular e ensinou na Escola de Dança da Ufba.

Também foi professor do curso de graduação em Música Popular da Escola de Música da instituição e coordenador, regente e diretor musical do grupo Vozes Reveladas, chancelado pela Ufba enquanto projeto de Extensão.

Em de julho de 2010 fundou, a partir de oficinas de mobilização cultural realizada na cidade de Tremedal, o Coral SerTão Brasileiro que reuniu participantes das cidades de Tremedal e Piripá, região do semiárido da Bahia.

Atualmente, ele estava à frente do grupo vocal performático "Vozes Reveladas". Com ele, o maestro chegou a se apresentar na abertura do show de Saulo Fernandes no Festival de Verão Salvador em janeiro deste ano (veja vídeo abaixo).

Sérgio também contribuiu, como arranjador, na realização dos CDs "Breakout", de Jimmy Cliff, "Encontro das Águas", de Fafá de Belém, "Eu choro Assim", de Joatan Nascimento, "Rotas", de Manuela Rodrigues, entre outros.