Bahia

Mata de São João: Prefeitura cria ações para danos causados pelo mar

Estudos já estão sendo feitos para construção de novas barracas de praia em imbassaí. Parte danificada de Praia do Forte terá nova contenção
Comunicação PMSJ , Mata de São João | 23/07/2019 às 10:40
Ressaca Praia do Forte
Foto: Yordan Bosco
A Prefeitura de Mata de São João já traça planos emergenciais para minimizar os prejuízos causados por uma das mais fortes ressacas marítimas dos últimos 40 anos em Praia do Forte e em Imbassaí. A gestão municipal realizará intervenções para reconstrução dos equipamentos públicos danificados e evitar furos prejuízos em outros fenômenos da mesma natureza.
Entre a noite de sábado (20) e a manhã de hoje (22), o Litoral matense recebeu ondas de até quatro metros, que destruíram decks e barracas de praias e jogaram barcos na areia e nos arrecifes.
No Portinho da Praia do Forte, onde a Prefeitura fez recentemente uma contenção do lado esquerdo da praia e está realizando obras de requalificação da Colônia de Pesca e construindo uma praça e quiosques, as ondas danificaram os decks das barracas de praias do lado direito. Este local ainda não havia sofrido intervenções.
A força das ondas também colocou em risco uma amendoeira e dois coqueiros, que tiveram parte de suas raízes arrancadas, também do lado direito da Praça da Igreja São Francisco. O acesso do público a estas áreas de risco foi interditado pela Prefeitura, desde a semana anterior
Em Imbassaí, onde a parte lateral do deck das barracas de praia havia sido destruída em outra ressaca, no final de junho, o mar também fez mais estragos. Parte do deck da frente, onde ficavam as baianas de acarajé, foi destruído. A gestão municipal, que já faz estudos para uma nova solução para o local, interditou todo o espaço e os comerciantes estão atendendo provisoriamente próximo ao rio.
Providências – A alvenaria de contenção que foi destruída na Praia do Forte, onde ficam as barracas de praia, será substituída por uma similar à que foi feita recentemente e resistiu às fortes ondas. O Prefeito Marcelo Oliveira salienta que todas as obras serão definitivas.
“Serão planejadas para resistir a qualquer ação violenta do oceano. Vamos fazer uma intervenção de emergência com uma nova contenção, igual a que fizemos na frente da igreja e resistiu às fortes ondas deste final de semana”, garante o prefeito.
Para Imbassaí, Marcelo Oliveira diz já ter estado lá no domingo retrasado e, junto com os barraqueiros, já identificou um novo local para as barracas. “Já estamos fazendo um estudo pra ver se esse local de fato é permanente, seguro. Se não vai sofrer a influência da maré ou do movimento do rio”, explica.
“O importante é que tudo deve estar pronto até o final de novembro e início de dezembro, para funcionar no verão. Em Praia do Forte, como se trata de uma obra mais simples, vamos entregar para a população bem antes”, promete o prefeito.
O sub-prefeito do Litoral, Helio Vianna, tem visitado diariamente os locais atingidos e está monitorado, junto com técnicos da Secretaria de Obras do Município, todas as ocorrências. “Temos conversado com os comerciantes, pescadores e moradores e buscando, junto com o prefeito Marcelo Oliveira, as melhores soluções para que a vida de todos e a atividade turística voltem ao normal em um menor tempo possível”, explica Vianna.
Fenômeno natural - De acordo com o pescador aposentado e vendedor de coco Manuel Nunes, o Seu Nuca, o último fenômeno com proporções similares aconteceu nos anos 70. “Não lembro em que ano foi, mas recordo que também soltou barcos das amarrações e o mar chegou a bater nas paredes da Igreja”, conta.
O também pescador aposentado Joaquim Santana, o Seu Santana, diz ter lembrança da ressaca relatada pelo amigo. Ele diz que também não lembra o ano, mas que foram ondas gigantes, que assustou toda a comunidade, até porque as embarcações eram menores, mais simples, e eram todas à vela. Não tinham motores. 
Alerta da Marinha - De acordo com a Marinha do Brasil, a ressaca é conseqüência da presença de um grande e forte sistema de alta pressão atmosférica (massa de ar polar) no Oceano, entre a costa das regiões Sudeste e Nordeste.
“Os ventos persistentes que sopram por uma grande extensão oceânica e na mesma direção, causam bastante agitação marítima em praticamente todo o trecho litorâneo leste destas regiões”, diz uma nota da instituição, que garante ainda que situação de mar agitado e vento forte persiste, pelo menos, até a noite de amanhã (23).