O inverno chegou e trouxe com ele o primeiro encalhe de baleia jubarte desta temporada.

O animal foi encontrado dia 22 de junho de manhã próximo à praia dos Corais em Alcobaça por um morador que avisou ao Projeto Baleia Jubarte. Uma equipe composta por médicos veterinários e biólogos foi ao local e constatou que se tratava de um macho jovem, com cerca de dez metros de comprimento. Este tamanho corresponde a um animal com 3 ou 4 anos de idade. Segundo a médica veterinária Adriana Colósio "o animal já estava morto há alguns dias e deveria estar boiando no mar. A chegada do vento sul na quarta-feira deve ter empurrado a carcaça para a praia".

Quando a equipe chegou ao local a maré estava carregando a baleia em direção à Prado, o que impediu que ela fosse examinada com mais detalhes. A equipe do Projeto Baleia Jubarte irá voltar ao local na maré baixa para realizar o exame e tentar determinar a causa da morte deste animal.

Informações importantes sobre encalhes

 Como ocorre: Um encalhe ocorre quando, por qualquer motivo, estes animais chegam muito próximo às praias ou arrebentação e não conseguem se libertar sozinhos, ou quando chegam já mortos.

Possíveis causas: Diversas são as causas para o encalhe de uma baleia ou golfinho. Entre elas, está a ocorrência de doenças, que podem ser agravadas pela poluição marinha ou pela presença de toxinas naturais; a fuga de predadores; emalhamento em artefatos de pesca (redes, espinhel, etc.) ou a colisão com embarcações (fatores diretamente relacionados à interação com atividades humanas); condições climáticas adversas (tempestades, furacões) e condições topográficas e oceanográficas tais como variações de maré; praias de relevo plano também podem ocasionar o encalhe; além de outros fatores de ordem comportamental.

Encalhes de Jubartes: Cerca de 80 a 85% das baleias jubarte que encalham são carcaças, ou seja, animais que morreram no mar e foram carregadas pelas correntes e marés até a praia. Em apenas 15 a 20% dos casos o animal chega à praia com vida, podendo vir a morrer no local ou ser resgatado e devolvido ao mar.

O trabalho do Projeto Baleia Jubarte: O Projeto Baleia Jubarte atua nos encalhes desta espécie desde o fim da década de 1980 e conta com patrocínio da Petrobras desde 1996. Em 2000, passou a integrar a Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANE), a primeira rede de encalhes criada no país. Hoje, o PBJ possui um banco de dados de encalhes desta espécie no Brasil, com mais de 660 registros destas ocorrências.

Como ajudar: O Programa de Resgate do Projeto Baleia Jubarte atua no litoral da Bahia e do Espírito Santo e conta com telefones de emergência, que recebem, inclusive, ligações a cobrar.

Caravelas: (73) 3297-1340* e (73) 98802-1874**

Praia do Forte: (71) 3676-1463*

WhatsApp: (73) 98802-1874   

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