Bahia

VIVEU DE NOVO: Engenheiro escapa da morte ao ser atingido por pneus

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G1 , Lauro de Freitas | 26/04/2015 às 08:19
Por pouco pneus não esmagam motorista
Foto: Nilton Yamane Barros
O engenheiro eletricista Nilton Yamane Barros, de 37 anos, ainda custa a acreditar que sobreviveu após ter o para-brisa do carro que dirigia atingido em cheio por pneus que se soltaram de um micro-ônibus na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. O acidente aconteceu na manhã deste sábado (25), na BA-099, conhecida como Estrada do Coco, enquanto ele seguia sozinho para a casa dos pais, que moram no município de Camaçari, a cerca de 20 quilômetros depois do local da colisão.

Como faz todos os sábados, Nilton saiu da casa onde mora, em Salvador, bem cedo, por volta das 7h da manhã, para visitar os parentes. Antes de pegar a estrada, deixou a filha de 13 anos em um colégio no bairro Patamares, em Salvador, para fazer uma prova.

"Eu estava dirigindo e o trânsito estava tranquilo. De repende, vi os pneus voando desgovernados na minha direção e nem tive reação. Quando pensei em desviar, já era tarde e os pneus jás tinham entrado no para-brisa. Foi questão de segundos. É difícil acreditar porque nunca imaginei que uma coisa dessa pudesse acontecer", disse o engenheiro, em contato com o G1.

O micro-ônibus que perdeu os pneus traseiros faz a linha Vila de Abrantes (Camaçari)/Feira de Itapuã (Salvador) e trafegava no sentido oposto. Ainda não há informações sobre o que teria causado o desprendimento dos pneus do eixo do veículo, que pertence à Cooperlotação, uma cooperativa de transporte complementar regulamentada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).
Após o choque, Nilton, que andava a cerca de 40 quilômetros por hora, teve dificuldade para sair do carro porque ficou com um dos dedos presos entre o pneus e o volante do veículo. Ele sofreu escoriações por ter sido atingido por estilhaços do vidro dianteiro, que foi destruído.

"O pneu atravessou todo o canteiro central e só parou no meio do meio carro. Quando eu estava dentro do carro fiquei assustado, mas quando eu saí e vi como tinha ficado a parte da frente eu percebi que o negócio foi sério. Nasci de novo", comemora.

Motoristas que passavam pelo local no momento do acidente ajudaram o engenheiro a sair do carro. Depois, acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu). Nilton não chegou a ser levado para o hospital.

O engenheiro diz não acreditar que a culpa pelo acidente seja do motorista do coletivo, que foi autuado após a colisão pela Superitendência de Trânsito de Lauro de Freitas (Sutran). "Ele não estava em alta velocidade. Estava andando normal. Eu acho é que a empresa dele teve que investir mais em manutenções preventivas par evitar situações como essa", afirmou.

Ele e o contudor do coletivo prestaram depoimento da delegacia de Lauro de Freitas. Um inquérito vai apurar as causas do acidente. O G1 entrou em contato com a Agerba, por meio da assessoria de comunicação do órgão, que ficou de se pronunciar ainda na tarde deste sábado sobre a situação da cooperativa diante do acidente.