Eleições digitais: Donald Trump, Tik Tok e Facebook, por ANDREYER LIMA

ANDREYER LIMA
04/08/2020 às 17:48
  O banimento do Tik Tok no Estados Unidos, representa interesses comerciais e eleitoreiros para o país. A rede social que conquistou o mundo durante a pandemia, é chinesa e sua operação é alvo de intensos ataques da Casa Branca por suposta prática de espionagem aos americanos.

   Essa ameaça de banimento, aumenta a pressão para que a ByteDance, que é a dona do Tik Tok, vendas suas ações para a Microsoft, onde poderia operar livremente dentro dos Estados Unidos. Se a hipótese se confirmar, a Microsoft assumiria todas as operações e claro, teria o controle sobre os dados dos usuários, problema alegado pelo Governo dos Estados Unidos.

   Em junho, Trump tinha um compromisso na cidade de Tulsa e na internet pessoas reservaram lugares para participar, no que seria o maior ato da campanha do presidente. Quando chegou a hora do evento, as arquibancadas estavam vazias graças a uma ‘trolagem’ de usuários do Tik Tok.

   No contra-ataque, o Tik Tok acusa o Facebook de copiar funções de seu aplicativo e defende não ter agenda política, mantendo a plataforma dinâmica para que todos possam desfrutar da comunicação com usuários na plataforma.

   Em 2018 Mark Zuckerberg, do Facebook, teve de se explicar ao senado dos Estados Unidos, onde admitiu que sabia, que os dados estavam sendo coletados para direcionar conteúdos de maneira estratégica, durante a campanha eleitoral. Zuckerberg argumentou que sua empresa é “orgulhosamente americana que, diferentemente da rival chinesa, preza pelos valores ocidentais de liberdade e democracia”.

  Toda essa mobilização política e econômica, é a prova de que as redes sociais podem ser decisivas para os rumos políticos de um país.