OPOSIÇÕES na Bahia querem marchar unidas com candidato único em 2014

Tasso Franco
28/05/2013 às 10:03
1. O ex-ministro Geddel Vieira Lima assume a presidência regional do PMDB da Bahia e dá o tom, em sua ótica, do papel das oposições para o embate na sucessão do governador Wagner, em 2014, conclamando os partidos à unidade. Ou seja, lançar apenas uma candidatura. E, óbvio, Geddel se coloca como postulante entre os prováveis nomes da oposição, o ex-prefeito de Mata, João Gualberto (PSDB) também já pré-lançado e o ex-governador Paulo Souto, do DEM, nome mais representativo do Democratas depois do prefeito ACM Neto.

   2. Como ACM Neto não será candidato, dificilmente deixará o mandato com 1 ano e 4 meses para entregar ao PV onde voam tablets em reunião e Souto, embora pontuando bem nas pesquisas de opinião circulantes no momento, traz consigo o estigma de ter perdido duas eleições consecutivas contra Wagner, ao que tudo indica, as oposições deverão marchar com Geddel. Gualberto, vamos lá, poderia ser o candidato a vice, digamos assim, a priori.

   3. Na Convenção do PMDB que elegeu Geddel novo presidente regional o prefeito ACM Neto esteve presente e a aliança DEM com PMDB vai indo. O fato de Neto ter boas relações administrativas com o governador Wagner e, por coincidência, também hoje, aconteceu o lançamento do Edital do Metrosal linha 2 com a presença de ambos e simpatias recíprocas, no plano político é outra história.

   4. O PMDB, de sua parte, dá sinais de rebeldia com a presidente Dilma Rousseff, manifestações de desapreço que já aconteceram na votação da MP dos Portos e, agora, com a maioria peemedebista assinando um requerimento para uma provável CPI na Petrobras, proposta do deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG). Esses sinais, em parte captaneados pelo líder do PT na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) revelam que as alianças para 2014 ainda estão em aberto.

   5. Geddel, de sua parte, está discretamente calado, mas, é "gato escaldado" das últimas eleições quando a presidente, candidata à reeleição, deixou-o à beira do caminho na preferência absoluta por Wagner, ainda que, em tese, fossem da mesma base governamental política. E, claro, se for o candidato das oposições, não cometerá o mesmo marketing de alinhamento com Dilma.

   6. Ainda tem muita água pra rolar embaixo da ponte no plano nacional e todos nós sabemos que, as alianças nacionais, se refletem nos estados. Ademais, há, ainda, uma terceira força em movimento, o PSB do governador Eduardo Campos, de Pernambuco, o qual, já se lançou pré-candidato (o programa do seu partido na TV deu esse tom) e Marina Silva, da Rede.

   7. Na Bahia, se de um lado, podemos afirmar que Geddel é o preferencial candidato das oposições, na situação existem 4 nomes do PT disputando a vaga na chapa à sucessão de Wagner, com mais chances para Rui Costa, seu chefe da Casa Civil; e desejos do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT); senadora Lidice da Mata (PSB) e Otto Alencar (PSD) que querem o apoio de Wagner.

   8. É consenso entre os situacionistas que o mais sensato é o lançamento de um nome único a governador e ajustes e/ou acomodações na vice governadoria e na vaga ao Senado. Os demais partidos não têm candidatos competitivos.